O Japão entrou inesperadamente em recessão no final de 2023, perdendo o título de terceira maior economia do mundo para a Alemanha e levantando dúvidas sobre quando o banco central começará a sair de sua política monetária ultrafrouxa que já dura uma década.
Alguns analistas estão alertando para outra contração no trimestre atual, já que a demanda fraca na China, o consumo lento e a interrupção da produção em uma unidade da Toyota Motor Corp apontam para um caminho desafiador para a recuperação econômica.
“O que é particularmente notável é a lentidão no consumo e nos gastos de capital, que são os principais pilares da demanda doméstica”, disse Yoshiki Shinke, economista executivo sênior do Dai-ichi Life Research Institute.
“A economia continuará sem impulso por enquanto, sem os principais impulsionadores do crescimento.”
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O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão caiu 0,4% em uma taxa anualizada no período de outubro a dezembro, após queda de 3,3% no trimestre anterior, segundo dados do governo divulgados nesta quinta-feira (15), contrariando as previsões do mercado de um aumento de 1,4%.
Dois trimestres consecutivos de contração são normalmente considerados como a definição de uma recessão técnica.
Embora muitos analistas ainda esperem que o Banco do Japão elimine gradualmente seu estímulo monetário este ano, os dados fracos podem lançar dúvidas sobre a previsão de que o aumento dos salários sustentará o consumo e manterá a inflação de forma duradoura em torno de sua meta de 2%.
“Duas quedas consecutivas no PIB e três quedas consecutivas na demanda doméstica são más notícias, mesmo que as revisões possam alterar os números finais na margem”, disse Stephan Angrick, economista sênior da Moody’s Analytics.
“Isso torna mais difícil para o banco central justificar um aumento dos juros, que dirá uma série de aumentos.”
O ministro da Economia, Yoshitaka Shindo, enfatizou a necessidade de alcançar um crescimento sólido dos salários para sustentar o consumo, que ele descreveu como “sem impulso” devido ao aumento dos preços.
“Nosso entendimento é que o Banco do Japão analisa de forma abrangente vários dados, incluindo o consumo, e os riscos para a economia ao orientar a política monetária”, disse ele em uma coletiva de imprensa após a divulgação dos dados, quando perguntado sobre o impacto na política monetária do banco central.
O PIB nominal do Japão ficou em US$ 4,21 trilhões em 2023, caindo abaixo dos US$ 4,46 trilhões da Alemanha para se classificar como a quarta maior economia do mundo, mostraram os dados.
O consumo privado, que representa mais da metade da atividade econômica, caiu 0,2% contra expectativa de um ganho de 0,1%, já que o aumento do custo de vida e o clima quente desencorajaram as famílias a jantar fora e comprar roupas de inverno.
As despesas de capital, outro importante motor de crescimento do setor privado, recuaram 0,1%, em comparação com as previsões de um aumento de 0,3%.
Tanto o consumo quanto as despesas de capital encolheram pelo terceiro trimestre consecutivo.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Japão entra em recessão e perde posto de 3ª maior economia do mundo no site CNN Brasil.
O Japão entrou inesperadamente em recessão no final de 2023, perdendo o título de terceira maior economia do mundo para a Alemanha e levantando dúvidas sobre quando o banco central começará a sair de sua política monetária ultrafrouxa que já dura uma década.
Alguns analistas estão alertando para outra contração no trimestre atual, já que a demanda fraca na China, o consumo lento e a interrupção da produção em uma unidade da Toyota Motor Corp apontam para um caminho desafiador para a recuperação econômica.
“O que é particularmente notável é a lentidão no consumo e nos gastos de capital, que são os principais pilares da demanda doméstica”, disse Yoshiki Shinke, economista executivo sênior do Dai-ichi Life Research Institute.
“A economia continuará sem impulso por enquanto, sem os principais impulsionadores do crescimento.”
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Embora muitos analistas ainda esperem que o Banco do Japão elimine gradualmente seu estímulo monetário este ano, os dados fracos podem lançar dúvidas sobre a previsão de que o aumento dos salários sustentará o consumo e manterá a inflação de forma duradoura em torno de sua meta de 2%.
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