O presidente Joe Biden chamou o Japão, aliado próximo dos Estados Unidos, de “xenófobo” em um evento de arrecadação de fundos em Washington, D.C., na quarta-feira (1º), poucas semanas depois de elogiar a aliança EUA-Japão em um jantar de Estado.
O presidente fez o comentário durante um evento reservado, argumentando que o Japão, teria um desempenho econômico melhor, juntamente com Índia, Rússia e China, se esses países adotassem mais a imigração.
“Você sabe, uma das razões pelas quais nossa economia está crescendo é por sua causa e por muitos outros. Por que? Porque acolhemos imigrantes”, disse Biden, de acordo com uma transcrição oficial da Casa Branca divulgada na quinta-feira (2).
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“A razão – olhe, pense nisso. Por que a China está tão estagnada economicamente? Por que o Japão está tendo problemas? E por que a Rússia também? Porque eles são xenófobos”, disse ele. “Eles não querem imigrantes. Os imigrantes são o que nos torna fortes”.
Biden também classificou o Japão, a Rússia e a China como “xenófobos” durante uma entrevista a uma estação de rádio de língua espanhola em março.
“Os japoneses, os chineses, são xenófobos, não querem ninguém – os russos, não querem ter outras pessoas que não sejam russos, chineses ou japoneses”, disse o presidente na época.
A última crítica ao Japão ocorre menos de um mês depois de ele ter recebido o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, para uma visita de Estado. No jantar realizado na Casa Branca em abril, Biden disse que o Japão e os EUA compartilham “os mesmos valores, o mesmo compromisso com a democracia e a liberdade com a dignidade”.
Joe Biden e Fumio Kishida em Washington / 10/4/2024 REUTERS/Evelyn Hockstein
“E hoje, sem dúvida, nossa aliança está literalmente mais forte do que nunca”, disse Biden durante o jantar.
O Japão vive há muito tempo uma crise demográfica com consequências de longo alcance para a força de trabalho e a economia do país. O Japão e outras nações do leste asiático evitaram em grande parte utilizar a imigração para reforçar suas populações.
Os comentários do presidente também ocorrem em um momento em que ele enfrenta pressão política interna sobre as suas próprias políticas de imigração, em meio à escassez de recursos para lidar com um fluxo de imigrantes e às duras críticas dos republicanos.
*Com informações de Jessie Yeung, da CNN.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Biden chama Japão, aliado dos EUA, de “xenófobo”, junto com Rússia e China no site CNN Brasil.
O presidente Joe Biden chamou o Japão, aliado próximo dos Estados Unidos, de “xenófobo” em um evento de arrecadação de fundos em Washington, D.C., na quarta-feira (1º), poucas semanas depois de elogiar a aliança EUA-Japão em um jantar de Estado.
O presidente fez o comentário durante um evento reservado, argumentando que o Japão, teria um desempenho econômico melhor, juntamente com Índia, Rússia e China, se esses países adotassem mais a imigração.
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Biden também classificou o Japão, a Rússia e a China como “xenófobos” durante uma entrevista a uma estação de rádio de língua espanhola em março.
“Os japoneses, os chineses, são xenófobos, não querem ninguém – os russos, não querem ter outras pessoas que não sejam russos, chineses ou japoneses”, disse o presidente na época.
A última crítica ao Japão ocorre menos de um mês depois de ele ter recebido o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, para uma visita de Estado. No jantar realizado na Casa Branca em abril, Biden disse que o Japão e os EUA compartilham “os mesmos valores, o mesmo compromisso com a democracia e a liberdade com a dignidade”.
Joe Biden e Fumio Kishida em Washington / 10/4/2024 REUTERS/Evelyn Hockstein
“E hoje, sem dúvida, nossa aliança está literalmente mais forte do que nunca”, disse Biden durante o jantar.
O Japão vive há muito tempo uma crise demográfica com consequências de longo alcance para a força de trabalho e a economia do país. O Japão e outras nações do leste asiático evitaram em grande parte utilizar a imigração para reforçar suas populações.
Os comentários do presidente também ocorrem em um momento em que ele enfrenta pressão política interna sobre as suas próprias políticas de imigração, em meio à escassez de recursos para lidar com um fluxo de imigrantes e às duras críticas dos republicanos.
*Com informações de Jessie Yeung, da CNN.
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