O baiacu é considerado um luxo no Japão, e uma refeição com esta iguaria potencialmente venenosa pode facilmente custar até 20.000 ienes (R$ 682,45) em restaurantes sofisticados.
Mas agora, os aventureiros no Japão podem provar o fugu por uma fração do preço, em um Cup Noodle.
A gigante japonesa do macarrão instantâneo Nissin Foods lançou o novo sabor de baiacu na segunda-feira (24), expandindo sua linha. O macarrão é vendido por um preço recomendado de 298 ienes (R$ 10,17).
A “essência” do baiacu é condensada em um pequeno pacote de óleo para ser adicionado à base da sopa, disse a Nissin em comunicado em seu site, embora não tenha divulgado como o sabor potencialmente mortal é preparado.
“Nos últimos anos, lojas de lamen especializadas em pratos com fugu têm surgido, conquistando os corações de muitos fãs de lamen”, disse a empresa.
Um porta-voz da Nissin disse à CNN Internacional que não tem planos de vender o sabor fugu fora do Japão.
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Cada pote vem com almôndegas de frango secas, cebolinhas e ovo picado à japonesa em uma base de sopa enriquecida com uma pitada de molho yuzu, segundo o comunicado.
Um jornalista da CNN Internacional que experimentou o macarrão instantâneo disse que tinha gosto de caldo de frutos do mar e yuzu, uma fruta cítrica comumente usada na culinária japonesa. O fugu geralmente tem um sabor suave, que não se destacava no prato.
A Nissin foi fundada em 1958 por Momofuku Ando, que viu a necessidade de alimentos baratos e acessíveis em meio à escassez após o fim da Segunda Guerra Mundial. Desde então, a empresa se expandiu para um nome internacional conhecido, sinônimo de sua assinatura Cup Noodles.
A empresa registrou receita de mais de 732 bilhões de ienes (US$ 4,59 bilhões) no ano até março de 2024.
Embora o baiacu, servido regularmente como sashimi, seja um item valorizado na culinária japonesa, quase todos são venenosos e podem, em casos graves, causar a morte se não forem devidamente preparados.
Os órgãos, pele, sangue e ossos dos peixes contêm altas concentrações de tetrodotoxina, um veneno mortal. Comê-lo pode causar formigamento na boca e tontura, que pode ser seguido de convulsões, paralisia respiratória e morte, dizem médicos especialistas.
De acordo com o Departamento de Pesca da Austrália Ocidental, o baiacu, encontrado em águas oceânicas tropicais e subtropicais, é o segundo vertebrado mais venenoso do mundo, depois do sapo venenoso dourado, nativo da Colômbia.
Os chefs no Japão devem treinar por pelo menos dois anos antes de serem autorizados a fazer um exame para se qualificarem para preparar o fugu.
Além do fugu, conheça outras das iguarias mais caras do mundo e o motivo por trás de seus preços
1 de 15
Manteiga da Normandia: de R$ 319 a R$ 464/Kg
Apesar de não chegar nem perto do valor dos itens mais caros da lista, a manteiga produzida pelo Monsieur Jean-Yves Bordier chega a ser quase 10 vezes mais cara que os laticínios comuns vistos no mercado. Segundo dados do Procon, a manteiga mais barata no mercado custa R$48,25/kg. A manteiga Bordier leva 3 dias para ser produzida, o creme é maturado por 36 horas e ela é batida com pás de madeira até chegar na textura aerada e cremosa.
Crédito: Divulgação
2 de 15
Fugu: média de R$1,2 mil/Kg
O baiacu é um dos peixes mais caros do mundo. Devido ao veneno que essa espécie carrega, os poucos chefs que podem preparar o fugu tiveram de passar por um longo treinamento e licenciamento no Japão. Alguns cozinheiros usam pequenas quantidades de veneno em seus pratos para causar formigamento na boca de quem os consome.
Crédito: Suguri F/CC BY-SA 3.0/http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
3 de 15
Kobe beef: R$2,2 mil/Kg
São condições muito específicas que definem a carne de um boi wagyu como legítimo kobe beef. Os animais que produzem esse estimado lombo bovino possuem uma predisposição genética a acumular gordura. A carne macia é resultado de um longo processo que envolve uma engorda minuciosa do animal e uma rotina com massagens e acupuntura.
Crédito: Orlando G. Calvo/CC BY-SA 3.0/http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
4 de 15
Baunilha: média de R$2 mil/Kg
A extração da baunilha verdadeira envolve um processo complexo. Além do cultivo complexo das orquídeas, a iguaria é extraída após a secagem dos grãos da vagem. A baunilha passa por um processo de fermentação natural que escurece os grãos e concentra o perfume. Em Madagascar, onde são cultivadas as mais almejadas favas de baunilha, a disputa por terras onde se possa produzir a mercadoria é até causador de violência. No site Vanilla Brasil, a iguaria é encontrada por até R$6,5 mil o quilo.
Crédito: B.navez/CC BY-SA 3.0/http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
5 de 15
Jamón Iberico de Bellota: R$ 2,5 mil/Kg
O mais caro dos presuntos Pata Negra Ibérico é o Jamón Iberico de Bellota. Esse tipo é feito com porcos alimentados exclusivamente com bolotas (uma noz típica de Portugal). A carne é envelhecida por pelo menos três anos e tem um sabor ligeiramente salgado, com notas adocicadas de nozes. O valor da peça deste presunto pode chegar a R$7,9 mil.
Crédito: Evan/CC BY 2.0/https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/
6 de 15
Ninho de pássaro: R$ 9,6 mil/Kg
Daqui pra frente, só pra cima, e sim, ninho de passarinho é uma iguaria mais cara que as trufas brasileiras. Muito apreciado na China, o prato teve o quilo registrado em US$2 mil em 2018. Sopas e sobremesas são os principais preparos envolvendo a iguaria feita a partir da saliva dos pássaros, que endurecida é rica em ferro, cálcio, magnésio e potássio.
Crédito: Cegoh/Pixabay
7 de 15
Café Kopi Luwak: R$ 14,7 mil/Kg
O café mais caro do mundo vem da Indonésia e é feito com fezes de civeta. O mamífero libera ácidos e enzimas sobre os grãos do café, que ao serem excretados, passaram por um processo de fermentação natural. O processo atribui ao sabor do café notas de frutas vermelhas, zero acidez e pouco amargor. Contudo, em 2013, uma investigação da BBC revelou que em algumas fazendas os animais são submetidos a maus tratos para aumentar a produtividade.
Crédito: Wibowo Djatmiko/CC BY-SA 3.0/http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
8 de 15
Trufas Brancas de Alba: R$35,7 mil/Kg
4,5 vezes mais caras que as trufas Sapucay, as trufas brancas de Alba são as mais valiosas do mundo. São mais escassas e delicadas que outras espécies por não terem uma concha externa que as proteja de variações climáticas. Além disso, não podem ser cultivadas, elas crescem naturalmente entre as raízes de árvores específicas na região de Piemonte, no norte da Itália, e são necessários cães farejadores para encontrá-las. O maior valor já pago na iguaria foi de US$330 mil, em 2007 (R$706,2 mil na cotação da época), por uma trufa de 1,5 kg.
Crédito: Getty Images
9 de 15
Uvas Ruby Roman: R$42 mil
Em 2019, um cacho das uvas Ruby Roman foi vendido pela bagatela de 1,2 milhão de ienes (cerca de R$42 mil à época). Segundo apuração da CNN na época, é produzido sob controle um número seleto das frutas para manter altos os níveis de demanda e exclusividade. Valorizadas por aparência e sabor únicos, frutas diferentes são um bem de luxo importante no Japão e são compradas como presentes ou para fins promocionais.
Crédito: Divulgação
10 de 15
Açafrão: R$ 55 mil/kg
Diferentemente do açafrão-da-terra (a cúrcuma), o açafrão vermelho é difícil de ser produzido e por tanto muito valioso no mercado. O pistilo da flor do condimento, que só floresce durante poucas semanas do ano, é colhido à mão em regiões de clima Mediterrâneo. São necessárias 150 mil flores para produzir apenas 1 Kg de açafrão.
Crédito: Rainer Zenz/CC BY-SA 3.0/http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
11 de 15
Melão Yubari: R$256 mil
Na abertura da temporada desses cobiçados melões japoneses, os dois primeiros frutos são vendidos em leilão para publicidade do comerciante. Em 2019, dois exemplares foram vendidos por cinco milhões de ienes (aproximadamente R$256 mil). Já em 2021, após a pandemia, exemplares semelhantes foram vendidos por “apenas” 2,7 milhões de ienes (aproximadamente R$133 mil).
Crédito: Captain76
12 de 15
Fungo caterpillar: R$ 480 mil/kg
Na imagem, vemos um exemplar do fungo caterpillar (à esquerda) crescendo na cabeça de uma lagarta. Nem a aparência e, segundo quem experimenta, o sabor deste alimento são agradáveis. Mas segundo a tradição chinesa, esse fungo parasitário (que é primo do parasita da série The Last of Us) é um ingrediente medicinal com capacidades de curar da impotência ao câncer, além de ser considerado um afrodisíaco. A espécie é endêmica da região do Himalaia, onde infecta mariposas que vivem entre 3000 e 5000 metros de altitude, quando estão na fase larval durante o verão.
Crédito: L. Shyamal/CC BY-SA 3.0/http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
13 de 15
Mel Centauri: de R$ 31,3 mil a R$ 5,3 milhão/kg
Colhido uma vez por ano, – para assegurar a sobrevivência das abelhas – o mel Centauri é obtido dentro de cavernas. Produzido em grutas localizadas no topo de montanhas turcas, esse mel é único em sabor e propriedades. As abelhas colhem o néctar das ervas medicinais plantadas ao redor das cavernas que habitam, assim produzindo essa iguaria de cor escura, sabor amargo e altas propriedades medicinais, já que é rica em magnésio, potássio, fenóis, flavonoides e antioxidantes. São seis variedades de mel, que se diferenciam pelos blends feitos, altitude da montanha e profundidade da caverna em que são colhidos. Os preços variam de US$6,5 mil a US$1,1 Milhão o quilo.
Crédito: Reprodução/Instagram
14 de 15
Atum bluefin: no Brasil, média de R$300 a R$400/kg
O diferencial do atum bluefin é a textura macia e a carne saborosa. Apesar do valor de mercado baixo, – comparado aos outros itens da lista – destacamos esse alimento pois no leilão de Ano Novo de 2023 do mercado de Toyosu, um exemplar de 212 Kg do peixe foi vendido por, aproximadamente, R$1,5 milhão (mais de R$7 mil/Kg).
Crédito: Divulgação/Naga
15 de 15
Caviar Ouro Branco (Strottarga Bianco): R$538 mil (a latinha com 32 gramas)
Numa lista sobre comidas caras, não poderia faltar o caviar. Especificamente o caviar Strottarga Bianco, ou Ouro Branco como é popularmente conhecido. As ovas desta variedade vem do esturjão albino siberiano, que demora anos até estar pronto para as por. Elas são desidratadas – o que faz com que 5 Kg de ovas renda 1 Kg do produto final – e então polvilhadas com ouro comestível de 22 quilates. O exemplar do Strottarga Bianco nunca foi vendido por valores milionários, mas a lata de caviar (que tem apenas 32 g) é vendida a 100 mil euros (R$538 mil), sangrando o alimento como o mais caro do mundo em 2018.
Crédito: Divulgação
Em 2018, um supermercado na cidade de Gamagori, na província central de Aichi, no Japão, emitiu um alerta depois de duas pessoas consumirem produtos fugu potencialmente perigosos que compraram num supermercado.
A dupla não relatou quaisquer problemas de saúde, mas as autoridades descobriram que um funcionário licenciado não conseguiu remover os fígados venenosos do peixe.
A iguaria japonesa também vem ganhando força no exterior nos últimos anos, embora tenha causado sustos alimentares ocasionais.
Em 2020, três pessoas morreram nas Filipinas depois de comerem baiacu em uma churrasqueira.
Um casal de idosos na Malásia morreu no ano passado depois de comer baiacu, o que motivou um apelo da filha por regulamentações mais rigorosas.
Os dois, com 80 e poucos anos, compraram sem saber pelo menos dois peixes de um vendedor online e morreram após consumi-los.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Nissin lança no Japão Cup Noodles sabor baiacu – peixe venenoso que custa em média R$ 680 no site CNN Brasil.
O baiacu é considerado um luxo no Japão, e uma refeição com esta iguaria potencialmente venenosa pode facilmente custar até 20.000 ienes (R$ 682,45) em restaurantes sofisticados.
Mas agora, os aventureiros no Japão podem provar o fugu por uma fração do preço, em um Cup Noodle.
A gigante japonesa do macarrão instantâneo Nissin Foods lançou o novo sabor de baiacu na segunda-feira (24), expandindo sua linha. O macarrão é vendido por um preço recomendado de 298 ienes (R$ 10,17).
A “essência” do baiacu é condensada em um pequeno pacote de óleo para ser adicionado à base da sopa, disse a Nissin em comunicado em seu site, embora não tenha divulgado como o sabor potencialmente mortal é preparado.
“Nos últimos anos, lojas de lamen especializadas em pratos com fugu têm surgido, conquistando os corações de muitos fãs de lamen”, disse a empresa.
Um porta-voz da Nissin disse à CNN Internacional que não tem planos de vender o sabor fugu fora do Japão.
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De peixe venenoso a mel de cavernas: confira as comidas mais caras do mundo
Clube onde Harry conheceu Meghan Markle abre em SP com fila de espera
Hooters entra para lista de restaurantes com problemas nos EUA e fecha dezenas de unidades
Cada pote vem com almôndegas de frango secas, cebolinhas e ovo picado à japonesa em uma base de sopa enriquecida com uma pitada de molho yuzu, segundo o comunicado.
Um jornalista da CNN Internacional que experimentou o macarrão instantâneo disse que tinha gosto de caldo de frutos do mar e yuzu, uma fruta cítrica comumente usada na culinária japonesa. O fugu geralmente tem um sabor suave, que não se destacava no prato.
A Nissin foi fundada em 1958 por Momofuku Ando, que viu a necessidade de alimentos baratos e acessíveis em meio à escassez após o fim da Segunda Guerra Mundial. Desde então, a empresa se expandiu para um nome internacional conhecido, sinônimo de sua assinatura Cup Noodles.
A empresa registrou receita de mais de 732 bilhões de ienes (US$ 4,59 bilhões) no ano até março de 2024.
Embora o baiacu, servido regularmente como sashimi, seja um item valorizado na culinária japonesa, quase todos são venenosos e podem, em casos graves, causar a morte se não forem devidamente preparados.
Os órgãos, pele, sangue e ossos dos peixes contêm altas concentrações de tetrodotoxina, um veneno mortal. Comê-lo pode causar formigamento na boca e tontura, que pode ser seguido de convulsões, paralisia respiratória e morte, dizem médicos especialistas.
De acordo com o Departamento de Pesca da Austrália Ocidental, o baiacu, encontrado em águas oceânicas tropicais e subtropicais, é o segundo vertebrado mais venenoso do mundo, depois do sapo venenoso dourado, nativo da Colômbia.
Os chefs no Japão devem treinar por pelo menos dois anos antes de serem autorizados a fazer um exame para se qualificarem para preparar o fugu.
Além do fugu, conheça outras das iguarias mais caras do mundo e o motivo por trás de seus preços
Manteiga da Normandia: de R$ 319 a R$ 464/Kg
Apesar de não chegar nem perto do valor dos itens mais caros da lista, a manteiga produzida pelo Monsieur Jean-Yves Bordier chega a ser quase 10 vezes mais cara que os laticínios comuns vistos no mercado. Segundo dados do Procon, a manteiga mais barata no mercado custa R$48,25/kg. A manteiga Bordier leva 3 dias para ser produzida, o creme é maturado por 36 horas e ela é batida com pás de madeira até chegar na textura aerada e cremosa.
Crédito: Divulgação
Fugu: média de R$1,2 mil/Kg
O baiacu é um dos peixes mais caros do mundo. Devido ao veneno que essa espécie carrega, os poucos chefs que podem preparar o fugu tiveram de passar por um longo treinamento e licenciamento no Japão. Alguns cozinheiros usam pequenas quantidades de veneno em seus pratos para causar formigamento na boca de quem os consome.
Crédito: Suguri F/CC BY-SA 3.0/http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
Kobe beef: R$2,2 mil/Kg
São condições muito específicas que definem a carne de um boi wagyu como legítimo kobe beef. Os animais que produzem esse estimado lombo bovino possuem uma predisposição genética a acumular gordura. A carne macia é resultado de um longo processo que envolve uma engorda minuciosa do animal e uma rotina com massagens e acupuntura.
Crédito: Orlando G. Calvo/CC BY-SA 3.0/http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
Baunilha: média de R$2 mil/Kg
A extração da baunilha verdadeira envolve um processo complexo. Além do cultivo complexo das orquídeas, a iguaria é extraída após a secagem dos grãos da vagem. A baunilha passa por um processo de fermentação natural que escurece os grãos e concentra o perfume. Em Madagascar, onde são cultivadas as mais almejadas favas de baunilha, a disputa por terras onde se possa produzir a mercadoria é até causador de violência. No site Vanilla Brasil, a iguaria é encontrada por até R$6,5 mil o quilo.
Crédito: B.navez/CC BY-SA 3.0/http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
Jamón Iberico de Bellota: R$ 2,5 mil/Kg
O mais caro dos presuntos Pata Negra Ibérico é o Jamón Iberico de Bellota. Esse tipo é feito com porcos alimentados exclusivamente com bolotas (uma noz típica de Portugal). A carne é envelhecida por pelo menos três anos e tem um sabor ligeiramente salgado, com notas adocicadas de nozes. O valor da peça deste presunto pode chegar a R$7,9 mil.
Crédito: Evan/CC BY 2.0/https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/
Ninho de pássaro: R$ 9,6 mil/Kg
Daqui pra frente, só pra cima, e sim, ninho de passarinho é uma iguaria mais cara que as trufas brasileiras. Muito apreciado na China, o prato teve o quilo registrado em US$2 mil em 2018. Sopas e sobremesas são os principais preparos envolvendo a iguaria feita a partir da saliva dos pássaros, que endurecida é rica em ferro, cálcio, magnésio e potássio.
Crédito: Cegoh/Pixabay
Café Kopi Luwak: R$ 14,7 mil/Kg
O café mais caro do mundo vem da Indonésia e é feito com fezes de civeta. O mamífero libera ácidos e enzimas sobre os grãos do café, que ao serem excretados, passaram por um processo de fermentação natural. O processo atribui ao sabor do café notas de frutas vermelhas, zero acidez e pouco amargor. Contudo, em 2013, uma investigação da BBC revelou que em algumas fazendas os animais são submetidos a maus tratos para aumentar a produtividade.
Crédito: Wibowo Djatmiko/CC BY-SA 3.0/http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
Trufas Brancas de Alba: R$35,7 mil/Kg
4,5 vezes mais caras que as trufas Sapucay, as trufas brancas de Alba são as mais valiosas do mundo. São mais escassas e delicadas que outras espécies por não terem uma concha externa que as proteja de variações climáticas. Além disso, não podem ser cultivadas, elas crescem naturalmente entre as raízes de árvores específicas na região de Piemonte, no norte da Itália, e são necessários cães farejadores para encontrá-las. O maior valor já pago na iguaria foi de US$330 mil, em 2007 (R$706,2 mil na cotação da época), por uma trufa de 1,5 kg.
Crédito: Getty Images
Uvas Ruby Roman: R$42 mil
Em 2019, um cacho das uvas Ruby Roman foi vendido pela bagatela de 1,2 milhão de ienes (cerca de R$42 mil à época). Segundo apuração da CNN na época, é produzido sob controle um número seleto das frutas para manter altos os níveis de demanda e exclusividade. Valorizadas por aparência e sabor únicos, frutas diferentes são um bem de luxo importante no Japão e são compradas como presentes ou para fins promocionais.
Crédito: Divulgação
Açafrão: R$ 55 mil/kg
Diferentemente do açafrão-da-terra (a cúrcuma), o açafrão vermelho é difícil de ser produzido e por tanto muito valioso no mercado. O pistilo da flor do condimento, que só floresce durante poucas semanas do ano, é colhido à mão em regiões de clima Mediterrâneo. São necessárias 150 mil flores para produzir apenas 1 Kg de açafrão.
Crédito: Rainer Zenz/CC BY-SA 3.0/http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
Melão Yubari: R$256 mil
Na abertura da temporada desses cobiçados melões japoneses, os dois primeiros frutos são vendidos em leilão para publicidade do comerciante. Em 2019, dois exemplares foram vendidos por cinco milhões de ienes (aproximadamente R$256 mil). Já em 2021, após a pandemia, exemplares semelhantes foram vendidos por “apenas” 2,7 milhões de ienes (aproximadamente R$133 mil).
Crédito: Captain76
Fungo caterpillar: R$ 480 mil/kg
Na imagem, vemos um exemplar do fungo caterpillar (à esquerda) crescendo na cabeça de uma lagarta. Nem a aparência e, segundo quem experimenta, o sabor deste alimento são agradáveis. Mas segundo a tradição chinesa, esse fungo parasitário (que é primo do parasita da série The Last of Us) é um ingrediente medicinal com capacidades de curar da impotência ao câncer, além de ser considerado um afrodisíaco. A espécie é endêmica da região do Himalaia, onde infecta mariposas que vivem entre 3000 e 5000 metros de altitude, quando estão na fase larval durante o verão.
Crédito: L. Shyamal/CC BY-SA 3.0/http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
Mel Centauri: de R$ 31,3 mil a R$ 5,3 milhão/kg
Colhido uma vez por ano, – para assegurar a sobrevivência das abelhas – o mel Centauri é obtido dentro de cavernas. Produzido em grutas localizadas no topo de montanhas turcas, esse mel é único em sabor e propriedades. As abelhas colhem o néctar das ervas medicinais plantadas ao redor das cavernas que habitam, assim produzindo essa iguaria de cor escura, sabor amargo e altas propriedades medicinais, já que é rica em magnésio, potássio, fenóis, flavonoides e antioxidantes. São seis variedades de mel, que se diferenciam pelos blends feitos, altitude da montanha e profundidade da caverna em que são colhidos. Os preços variam de US$6,5 mil a US$1,1 Milhão o quilo.
Crédito: Reprodução/Instagram
Atum bluefin: no Brasil, média de R$300 a R$400/kg
O diferencial do atum bluefin é a textura macia e a carne saborosa. Apesar do valor de mercado baixo, – comparado aos outros itens da lista – destacamos esse alimento pois no leilão de Ano Novo de 2023 do mercado de Toyosu, um exemplar de 212 Kg do peixe foi vendido por, aproximadamente, R$1,5 milhão (mais de R$7 mil/Kg).
Crédito: Divulgação/Naga
Caviar Ouro Branco (Strottarga Bianco): R$538 mil (a latinha com 32 gramas)
Numa lista sobre comidas caras, não poderia faltar o caviar. Especificamente o caviar Strottarga Bianco, ou Ouro Branco como é popularmente conhecido. As ovas desta variedade vem do esturjão albino siberiano, que demora anos até estar pronto para as por. Elas são desidratadas – o que faz com que 5 Kg de ovas renda 1 Kg do produto final – e então polvilhadas com ouro comestível de 22 quilates. O exemplar do Strottarga Bianco nunca foi vendido por valores milionários, mas a lata de caviar (que tem apenas 32 g) é vendida a 100 mil euros (R$538 mil), sangrando o alimento como o mais caro do mundo em 2018.
Crédito: Divulgação
Em 2018, um supermercado na cidade de Gamagori, na província central de Aichi, no Japão, emitiu um alerta depois de duas pessoas consumirem produtos fugu potencialmente perigosos que compraram num supermercado.
A dupla não relatou quaisquer problemas de saúde, mas as autoridades descobriram que um funcionário licenciado não conseguiu remover os fígados venenosos do peixe.
A iguaria japonesa também vem ganhando força no exterior nos últimos anos, embora tenha causado sustos alimentares ocasionais.
Em 2020, três pessoas morreram nas Filipinas depois de comerem baiacu em uma churrasqueira.
Um casal de idosos na Malásia morreu no ano passado depois de comer baiacu, o que motivou um apelo da filha por regulamentações mais rigorosas.
Os dois, com 80 e poucos anos, compraram sem saber pelo menos dois peixes de um vendedor online e morreram após consumi-los.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Nissin lança no Japão Cup Noodles sabor baiacu – peixe venenoso que custa em média R$ 680 no site CNN Brasil.