O Japão suspendeu temporariamente a compra de aves e ovos comercializados pelo estado do Espírito Santo, após confirmação do caso de gripe aviária em aves domésticas, no município de Serra.
O Brasil, por sua vez, contestou a decisão por alegar que o Japão não tem previsão regulatória para interromper o comércio em situações desse tipo.
À CNN, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart, informou que o governo brasileiro encaminhou um pedido de esclarecimentos ao Japão e que há apreensão com a possibilidade de que outros países adotem a mesma medida.
“Recebemos informação com surpresa porque a Organização Mundial de Saúde Animal possui um código, que é de referência para aplicação entre os países que, de maneira clara, diz que a ocorrência de gripe aviária em aves de subsistência, como é o caso no Espírito Santo, não altera o status de país livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP)”, afirmou.
Além da regra estipulada pela organização mundial, Brasil e Japão possuem um protocolo bilateral contra restrições comerciais em caso de doenças detectadas em aves domésticas.
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De acordo com o governo, o Japão não fez consulta prévia ao Ministério da Agricultura do Brasil antes de formalizar a decisão. A medida foi informada diretamente ao adido agrícola do governo brasileiro no Japão.
“Assim que recebemos [a informação] hoje, já devolvemos um questionamento para o lado do Ministério da Agricultura japonês sobre por que a adoção dessa medida, considerando que nem o código da OMSA, nem o protocolo acordado entre os dois países dá suporte a essa decisão”, ressaltou Goulart.
Até agora, o Japão foi o único país a suspender a compra, mas o governo está preocupado. “Nós temos uma apreensão de que outros países possam seguir a linha de atuação do Japão e aplicar esse mesmo nível de entendimento, o que é indevido. Todos adidos agrícolas e todo o sistema de defesa está acompanhando e monitorando para que, caso isso ocorra, a gente possa prontamente questionar. Não é esperado, mas é possível acontecer como aconteceu com o Japão”, destacou.
Antes do embargo do governo japonês, o Brasil já havia programado uma missão oficial ao Japão, Coreia do Sul, Oriente Médio, marcada para o fim de julho. A viagem está mantida. Com objetivo comercial e técnico, a equipe do Ministério da Agricultura se prepara para promoção do agro e acesso de mercado, relacionado a carne bovina, suína e aves.
Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que “a decisão tomada pelas autoridades japonesas não está em linha com as orientações da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que indica suspensão de comércio apenas em casos registrados em produção comercial”.
A ABPA enfatizou ainda que “cabe lembrar que a avicultura industrial do Brasil segue sem qualquer registro da enfermidade”.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Japão suspende compra de frangos do Espírito Santo, após foco de gripe aviária no site CNN Brasil.
O Japão suspendeu temporariamente a compra de aves e ovos comercializados pelo estado do Espírito Santo, após confirmação do caso de gripe aviária em aves domésticas, no município de Serra.
O Brasil, por sua vez, contestou a decisão por alegar que o Japão não tem previsão regulatória para interromper o comércio em situações desse tipo.
À CNN, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart, informou que o governo brasileiro encaminhou um pedido de esclarecimentos ao Japão e que há apreensão com a possibilidade de que outros países adotem a mesma medida.
“Recebemos informação com surpresa porque a Organização Mundial de Saúde Animal possui um código, que é de referência para aplicação entre os países que, de maneira clara, diz que a ocorrência de gripe aviária em aves de subsistência, como é o caso no Espírito Santo, não altera o status de país livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP)”, afirmou.
Além da regra estipulada pela organização mundial, Brasil e Japão possuem um protocolo bilateral contra restrições comerciais em caso de doenças detectadas em aves domésticas.
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“Assim que recebemos [a informação] hoje, já devolvemos um questionamento para o lado do Ministério da Agricultura japonês sobre por que a adoção dessa medida, considerando que nem o código da OMSA, nem o protocolo acordado entre os dois países dá suporte a essa decisão”, ressaltou Goulart.
Até agora, o Japão foi o único país a suspender a compra, mas o governo está preocupado. “Nós temos uma apreensão de que outros países possam seguir a linha de atuação do Japão e aplicar esse mesmo nível de entendimento, o que é indevido. Todos adidos agrícolas e todo o sistema de defesa está acompanhando e monitorando para que, caso isso ocorra, a gente possa prontamente questionar. Não é esperado, mas é possível acontecer como aconteceu com o Japão”, destacou.
Antes do embargo do governo japonês, o Brasil já havia programado uma missão oficial ao Japão, Coreia do Sul, Oriente Médio, marcada para o fim de julho. A viagem está mantida. Com objetivo comercial e técnico, a equipe do Ministério da Agricultura se prepara para promoção do agro e acesso de mercado, relacionado a carne bovina, suína e aves.
Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que “a decisão tomada pelas autoridades japonesas não está em linha com as orientações da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que indica suspensão de comércio apenas em casos registrados em produção comercial”.
A ABPA enfatizou ainda que “cabe lembrar que a avicultura industrial do Brasil segue sem qualquer registro da enfermidade”.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Japão suspende compra de frangos do Espírito Santo, após foco de gripe aviária no site CNN Brasil.