SHINZO ABE IRÁ PEDIR O FECHAMENTO TEMPORÁRIO DE TODAS AS ESCOLAS DO JAPÃO

O primeiro-ministro Shinzo Abe vai pedir o fechamento temporário de todas as escolas do Japão como forma de prevenir a propagação do coronavírus, informou a emissora NHK nesta quinta-feira (27).

Abe falou de sua intenção durante uma reunião sobre medidas de combate ao novo vírus, que já matou oito pessoas no Japão e infectou cerca de 200, incluindo crianças, sem contar 705 passageiros e tripulantes do navio de cruzeiro Diamond Princess.

A medida abrangeria todas as escolas do primário (shougakkou), ginasial (chuugakkou) e colegial (koukou), a partir de 2 de março até as férias de primavera, quando termina o ano letivo.

As creches (hoikuen) e os jardins de infância (youchien) não serão incluídos na medida, segundo o Ministério da Educação.

A província de Hokkaido e as cidades de Osaka e Ichikawa (Chiba) já tinham tomado a decisão de suspender as aulas antes mesmo de qualquer medida do governo central.

“A saúde e a segurança das crianças devem estar acima de tudo. Elas e os professores ficam muito tempo juntos na sala de aula, aumentando o risco de contágio”, disse Abe.

O governo vai orientar as escolas para que as cerimônias de formatura e outros eventos programados tenham medidas de prevenção ou sejam realizados com o menor número de pessoas possível, além de pedir aos alunos para evitar sair de casa.

Abe também vai solicitar às empresas que sejam compreensíveis com funcionários que precisarem faltar no trabalho para cuidar de filhos pequenos.

Segundo o governo, as próximas duas semanas serão cruciais para evitar a propagação do coronavírus. Na quarta-feira (26), Abe pediu o cancelamento ou o adiamento de eventos esportivos e culturais, levando a mudanças na programação de jogos de futebol e shows de grandes artistas.

O primeiro-ministro instruiu o governo a “preparar a legislação necessária para conter o vírus e minimizar o impacto na vida das pessoas e na economia”.

NÚMEROS DO CORONAVÍRUS NO JAPÃO
(atualização em 27 de fevereiro, às 19h30)

705 infectados (japoneses e estrangeiros) no navio de cruzeiro Diamond Princess, que ficou em quarentena no porto de Yokohama (Kanagawa)

7 funcionários do governo infectados no navio

14 infectados entre os 700 japoneses repatriadas da China

54 infectados em Hokkaido (incluem duas crianças de uma mesma escola primária)

35 infectados em Tóquio (incluindo seis taxistas, um médico e o filho dele e uma enfermeira) relacionadas a uma festa de confraternização

25 infectados em Aichi (incluem casal de Nagoia que esteve no Havaí, três amigos da região de Owari e 10 pessoas de Nagoia)

19 infectados em Kanagawa (incluem uma enfermeira e três pacientes relacionados ao hospital Sagamihara Chuo)

13 infectados em Wakayama (incluem 10 pessoas relacionadas ao hospital Saiseikai Arida, sendo dois médicos, a esposa e o filho de um dos médicos, três pacientes e três familiares de um dos pacientes)

13 infectados em Chiba (incluindo uma professora)

5 casos em Kumamoto

5 casos em Ishikawa

3 infectados em Okinawa (incluem dois taxistas)

2 infectados em Quioto

2 casos em Fukuoka

2 casos em Nagano

2 casos em Gifu

1 infectado em Mie

1 caso em Osaka

1 caso em Nara (motorista de ônibus)

1 caso em Saitama

1 caso em Tochigi

1 caso em Tokushima

912 casos no total, incluindo 8 mortes (uma mulher de Kanagawa, dois pacientes de Hokkaido, um homem de Tóquio e quatro passageiros do navio). Cerca de 50 infectados estão em estado grave.

Excluindo os passageiros e tripulantes do navio, 32 pacientes se recuperaram e receberam alta hospitalar, segundo a emissora NHK.

 

Fonte: NHK

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